Por que falar sobre masculinidades, feminilidades e velhices contemporâneas? Deleuze nos ensina que o conhecimento é revolucionário, afinal, ele sempre busca mais conexões e investigações. Conhecer nos leva a entender outros e/ou verdadeiros sentidos sobre as questões humanas e sociais. Discutir esse tema, mesmo no século XXI, tem causado polêmica e desinformação, uma vez que, de acordo com Butler, gênero e etarismo têm sido representados como uma ameaça à normatividade e aos valores culturais impostos. Em um país onde esses temas são retratados sob uma ótica oposta à ciência e como um risco à civilização, informar sobre essas categorias, construir cartografias e ressignificar os limites desse debate a partir de uma perspectiva científica, sensata e informativa se tornou uma necessidade constante. As masculinidades, feminilidades e velhices fazem parte da nossa construção biológica, humana, cultural e social. Por isso, precisamos entender, a partir de debates ricos e atualizados, a importância dessas fases, como essas categorias são construídas, e de que maneira as conjunturas sociopolíticas que as envolvem podem ser melhoradas. Precisamos também identificar quais limites devemos contornar ou desfazer para alcançar a igualdade de gênero e uma justiça social que não exclua nenhuma pessoa, independentemente de gênero, sexualidade, origem étnica, classe social ou idade.