Entre sentires provocativos, a poeta enleva-nos e leva-nos à aventura no processo de voar, abrir as asas e buscar os jardins de dentro. Apesar da dor, das perdas, da ingratidão, da indiferença, do ódio… algo desponta: o renascer, ou melhor, o vir a ser entre poemas. De lanterna e lupa em punho, o eu lírico instiga-nos a realizar uma viagem longa ao caminho de dentro. Então ouço um grito ensurdecedor lembrando-me de que sou gente e gente sangra, delira, sorri, ama. Aproximando a lupa, posso ver melhor e não apenas o olhar de qual matéria sou constituído. Dói-me a retina, a lágrima escoa e ecoa. Eis aqui minhas imagens e experiências projetadas sob nova luz, numa releitura de mim. Enfim, o eco destas palavras tece-me em sentires, então enxergo-me filósofo, poeta, louco e menestrel a gritar em minha caverna iluminada: Há algo mais que nos constitui para além da dor! O AMOR.